Dr João Manuel Sousa Bastos
1964

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Drº João Manuel de Sousa Bastos
Provedor em 1964

Breves dados biográficos

O Drº João Manuel de Sousa Bastos nasceu em Lisboa, na freguesia da Encarnação, em 4 de novembro de 1900. Casou com Maria Isabel Seabra Roquette (1902 a 1968), em 18 de agosto de 1924 e teve dois filhos : Maria Cristina Roquette de Sousa Bastos (1925 a 1963) e Henrique Manuel Roquette de Sousa Bastos (1926 a 1978), que lhe deram oito netos e dezoito bisnetos. Morreu a 10 de junho de 1964, em Azeitão.

Tinha uma personalidade extrovertida e alegre, que atraía inúmeros amigos e conhecidos e originava um círculo social diversificado e animado, que enriquecia a vida de todos os envolvidos.

Um ilustre médico de uma família de médicos

Médico clínico de urologia, académico correspondente da Academia de Ciência de Lisboa, Director do Serviço de Urologia do Hospital do Desterro, Secretário-Geral da Associação Portuguesa de Urologia, membro da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa e agraciado com a Ordem de Cristo.

Entre os seus ascendentes estão vários médicos, que fizeram história: i) o seu avô materno Manuel Bento de Sousa (1835 a 1899)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bento_de_Sousa famoso clínico, cirurgião e anatomista, foi Presidente da Associação dos Médicos Portugueses e docente na Escola Médica de Lisboa .. ii) seu pai Henrique Bastos (1874 e 1937), também médico urologista, foi co-fundador e Presidente da Associação Portuguesa de Urologia https://ordemdosmedicos.pt/wpcontent/uploads/2017/09/UROLOGIA_EM_PORTUGAL_VULTOS_E_PRESIDENTES.pdf.

Na sua descendência, o filho foi um médico urologista de referência, o neto primogénito e seu homónimo é também um reputado médico urologista e entre os bisnetos existem vários médicos com um futuro promissor.

Amante de Azeitão e sempre ao serviço da sua população

Embora morasse em Lisboa, passava longas temporadas em Azeitão, na Quinta do Casal do Bispo, herdada de seu pai, que a comprou no início do seculo XX., onde muito gostava de estar.

Foi uma pessoa com elevado sentido de serviço ao próximo e de altruísmo, especialmente em relação aos mais desfavorecidos, nomeadamente no exercício da profissão de médico. Assim, enquanto esteve em Azeitão atendeu de forma informal inúmeras pessoas da vila e dos arredores, prestando cuidados médicos essenciais e apoio emocional. Além disso, no caso de necessidade de assistência hospitalar, muitas vezes levava no seu automóvel pessoas doentes para Lisboa, garantindo que tinham o tratamento adequado.

Em 1964, foi eleito Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão, cargo que exerceu apenas alguns meses, porque morreu nesse ano.

A sua vivência em Azeitão deixou um impacto duradouro na população e no coração de todos, tendo sido atribuído o seu nome a uma rua, na Aldeia de São Pedro em Azeitão, para homenagear e lembrar a sua pessoa para todo sempre.

Actualmente moram em Azeitão, de forma permanente ou sazonal, vários dos seus netos, bisnetos e trinetos.

2023, março